sábado, 19 de novembro de 2011

Série de livros infantis "Todos Juntos" de Walcyr Carrasco aborda temas difíceis para crianças de 6 a 8 anos

A série de livros infantis "Todos Juntos", já com cinco livros, todos eles escritos por Walcyr Carraso e publicada pela Editora Ática, destina-se a abordar, de forma sensível e cuidadosa, temas difíceis para crianças de 6 a 8 anos, na forma de histórias infantis. Todos os livros da série são acompanhados, individualmente, de dois suplementos, um destinado a pais e outro a professores, que são produzidos por especialistas na área, na forma de perguntas e respostas e estão disponíveis para o público na internet no link http://sites.aticascipione.com.br/autores/walcyrcarrasco/index.html .

Em "Laís, a fofinha", um dos livros da coleção, Walcyr Carrasco conta a história da menina Laís, que muda-se de cidade e encontra dificuldades de relacionamento com algumas meninas na escola nova. Por ela ser mais cheinha, ela acaba sendo menosprezada. Nos suplementos que foram redigidos para este livro, algumas orientações e informações básicas sobre os temas como bullying, auto-estima, diversidade de forma física, alimentação e transtornos alimentares são dados para professores e pais (clique aqui para ter acesso aos suplementos).
 
Os outros quatro livros (também muito interessantes) da série são "Todos Juntos" são:

* "Meus dois pais", que aborda o tema da homossexualidade através  história do menino Naldo que descobre que o pai, separado da mãe, é homossexual.  Os suplementos orientam a forma apropriada de abordar o tema da homossexualidade com crianças.

* "A ararinha do bico torto", que através da trajetória da ararinha Nina, portadora de deficiência física, aborda esta questão para crianças. Os suplementos que acompanham este número foram escritos por Marcela Cálamos, ela própria portadora de deficiência física desde os 8 anos de idade e envolvida com a batalha pelos direitos e inclusão do deficiente físico.

* Em "Rick, o nerd detetive", Walcyr Carrasco conta a história do menino Rick, que usa roupas estranhas, estuda muito, usa óculos de lentes grossas e é discriminado pelos colegas de escola. Através da história de Rick, temas como estigmatização, violência e preconceito são abordados com crianças e nos suplementos.
  
* Em "Pituxa, a vira-lata", o autor conta a história da menina Alice e da canhorrinha vira-lata Pituxa, que é adotada pela sua mãe Clara, contra a vontade de Alice, que só conseguia dar valor aos seus cães de raça e com pedigree. No entanto, no convívio com Alice, Pituxa acaba conquistando o seu coração, dando a oportunidade da menina de entender que, numa relação de afeto e amizade, a raça não importa. Os suplementos para pais e professores que acompanham o livro foram escritos pelo psicólogo social Fernando Braga da Costa, doutor pela Universidade de São Paulo autor de "Homens invisíveis: relato de uma humilhação social". Neste livro, baseado em uma experiência acadêmica,  Fernando relata a sua experiência como gari da universidade, função na qual trabalhou duas vezes por semana, durante 10 anos.  Fernando varria ruas, limpava fossas,  enfrentava chuva e o preconceito de colegas e professores que simplesmente o ignoravam enquanto ele estava usando uniforme da equipe de limpeza. Nos suplementos que ele redigiu para acompanhar o livro infantil "Pituxa, a vira-lata", Fernando explica para pais e professores os mecanismos de formação do preconceito como evitá-lo.
Se seu filho enfrenta alguma das dificuldades acima, tem algum amiguinho que enfrenta ou, nem tanto, se você apenas tem o desejo de investir no lado humano dele (e seu), são leituras que, sem dúvida, valem muito a pena. Claro que com a leitura destes livros infantis, você vai ter que ter lastro para lidar com as perguntas que vêm na seqüência da leitura, mas até para isso tem solução: você pode ler os suplementos antes de ler o livro com ele... Aí vai ficar mais fácil lidar com as perguntas... Rs, rs... E cá entre nós, certamente não vai ser a primeira vez que o seu filho fará perguntas difíceis de reponder... São os "ossos" da maternidade/paternidade...

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As informações divulgadas neste blog não substituem aconselhamento profissional. Antes de tomar qualquer decisão, procure um médico.






sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Filme “O golfinho Winter” fala sobre aceitação para adultos e crianças


Importante: caso você não tenha assistido este filme ainda, não leia este post pois ele vai abordar a narrativa e pode estragar a surpresa da história!

Quem ainda não teve o privilégio de assistir ao filme “O golfinho Winter”, deveria organizar a agenda para se proporcionar esta experiência. Se tiver uma criança para levar a tira-colo, de acompanhante, ainda melhor. Eu, pessoalmente, adoro a experiência dos longas destinados ao público mirim acompanhada das minhas filhas (uma com quatro e outra com dois anos), pois a experiência é tripla: (1) usufrui-se do filme em si, (2) da reação das meninas (que sempre surpreendem) e (3) da emoção que me provoca a emoção das meninas. E "o Golfinho Winter", mesmo para os mais durões, certamente vai arrancar algumas lágrimas.

O “Golfinho Winter” é um filme da Warner, de censura livre, baseado em fatos reais e está em cartaz nos cinemas. A produção conta com um bom elenco, com atores de peso como Morgan Freeman (que faz o papel do médico que trabalha na reabilitação de humanos deficientes físicos). Winter é interpretado por si mesmo.

No filme, Sawyer, um menino de 11 anos, passa por um período difícil de sua vida. Está deprimido, o pai abandonou o lar, suas notas na escola vão de mal a pior, sua mãe o cobra muito, mas também mostra muita preocupação por ele. Mas as coisas para Sawyer começam a mudar quando ele encontra um golfilho atolado na areia da praia com a cauda presa a uma gaiola de pescar carangueijos. Sawyer auxilia no resgate de Winter (ajudando a acionar pelo seu celular uma equipe de biólogos que trabalham para o Hospital Marinho de Clearwater, na Flórida) e Winter, inadvertidamente, resgata Sawyer, no convívio diário e na amizade que os dois passam a cultivar. Desta história de desafios e superação surgem muitos obstáculos, ganhos e perdas, com alguns momentos críticos, como quando Winter perde sua cauda (que infectou e teve de ser amputada para salvar sua vida). Winter, com sua batalha e resiliência, vira um exemplo de superação e aceitação, despertando a empatia de todos que estão ao seu redor. Serve de inspiração, inclusive, para outros  adultos e crianças portadores de deficência física. É um filme muito bonito, que ilustra com uma história surpreendente que nesta vida a luta não acaba enquanto houver vida, e portanto, possibilidades.

O verdadeiro Winter pode ser visto, ao vivo, por meio da webcam do aquário na Flórida, no link http://www.seewinter.com/

Bom proveito!